Equipa vencedora do Poliempreende cria start-up na área do bem-estar animal

Uma das equipas vencedoras da edição de 2019 do Poliempreende no Politécnico de Coimbra, constituída por alunos e diplomados da ESTeSC e do ISEC, passou da teoria à prática e lançou uma nova empresa. A VetFisio – Reabilitação Física e Ajudas Técnicas para animais é uma empresa na área da fisioterapia e reabilitação veterinária constituída por uma equipa multidisciplinar de profissionais (uma médica veterinária e fisioterapeuta, uma psicóloga e treinadora de cães e um engenheiro mecânico) que em conjunto presta serviços especializados em clínicas/ hospitais veterinários ou em regime domiciliar e produz produtos de ajudas técnicas.

“A nossa empresa surge perante a necessidade de proporcionar aos animais mais qualidade de vida e alternativas à eutanásia, seja através de serviços que complementam a medicina tradicional ou a criação de produtos de ajudas técnicas pré–fabricadas ou sob medida, como ortóteses, próteses e cadeiras de rodas”, explica Vanessa Fernandes, sócio da empresa. No que respeita aos serviços prestados, a empresa dispõe de várias terapias utilizadas em fisioterapia como a ozonoterapia, eletroterapia (correntes, ultrassom, magnetoterapia, laserterapia, eletroacupuntura), cinesioterapia, bandagens funcionais/ K-tape e várias técnicas de terapia manual, permitindo oferecer a terapia que melhor se adaptar à condição e evolução do animal. Atuam também na promoção da saúde física e no tratamento de diversas patologias a nível ortopédico, neurológico, programas de perda de peso, entre outras.

A participação no concurso regional Poliempreende foi um passo fundamental para a concretização deste projeto. “Foi sem dúvida o impulso que precisávamos enquanto equipa para planear e desenvolver melhor a nossa ideia de negócio base. Ajudou-nos a traçar objetivos ambiciosos, mas realistas no mercado, e sobretudo qual o caminho para os concretizar”, explica Vanessa Fernandes. Um caminho que envolve todo um conjunto de estratégias muito exigentes, admite, e nas quais continuam a trabalhar.

“Foram meses de trabalho, mas também de grande aprendizagem onde a ajuda e a experiência dos professores foi importante e imprescindível para a construção do nosso projeto que meses depois se tornou realidade, e ocupa hoje um lugar no mercado. Percebemos que não há muitas ajudas externas com o mesmo propósito do Poliempreende e por isso sentimos que a nossa participação nos trouxe benefícios que nos permitiram dar este passo de forma confiante e consciente”, assegura.

Para a equipa, o balanço do trabalho realizado até agora é positivo, reconhecendo que foi necessário, numa primeira fase, responder a muitas questões importantes e vencer a burocracia. “Temos trabalhado há meses neste projeto que, entretanto, evoluiu e com isto temos consciência que nada na vida é de conquista fácil. Há todo um trabalho pela frente. Acreditamos desde o começo que a nossa empresa tem as bases para percorrer um caminho de sucesso, pois o mercado do bem-estar animal tem crescido de forma exponencial nos últimos anos, gerando janelas de oportunidade a negócios especializados como o nosso”, conclui a responsável.

A equipa constituída por Cristiane Lima (estudante da ESTeSC), Marco Dias (diplomado ISEC) e Vanessa Fernandes, conquistou o segundo lugar na 16ª Edição Poliempreende – Concurso Regional 2019. Trata-se de um projeto em rede que envolve a comunidade académica do conjunto de instituições de ensino superior politécnico portuguesas e que conta com a parceria de diversos agentes do ecossistema empreendedor nacional.

Tendo como principal objetivo promover a cultura empreendedora e alavancar projetos de vocação empresarial, segundo Sara Proença, pró-presidente do Politécnico de Coimbra e coordenadora regional do Poliempreende, afirma-se como “um instrumento fundamental para fomentar a transferência de tecnologia e potenciar a criação de spin-offs e startups de cariz inovador”. O Politécnico de Coimbra integra a rede Poliempreende desde a quinta edição do Concurso e conta com cinco vitórias a nível nacional, um segundo e um terceiro prémios e um prémio inovação Delta.

 

in Jornal do IPC n.º 8