Ecologia e Gestão do Fogo

A frequência da UC pressupõe a existência de algum conhecimento anterior na área das ciências florestais e das ciências biológicas. Em particular o aluno deverá ter conhecimentos de ecologia, biologia e botânica. São também úteis conhecimentos de meteorologia e solos. De referir que algum deste conhecimento sobre matérias de base, é ministrado noutras UC’s do MRF, permitindo aos alunos provenientes de licenciaturas não florestais acompanhar as matérias da UC.

As aulas têm um caráter teórico-prático, integrando na mesma sessão a exposição das matérias de natureza teórica e as aplicações de caráter prático. As aulas consistem em sessões de três horas das quais as duas primeiras horas têm um caráter teórico e a última hora é dedicada às aplicações práticas. A componente prática abrange diferentes abordagens, incluindo nomeadamente: exercícios em computador utilizando software específico relacionado com a ecologia e a gestão do fogo, visitas ao campo para identificação de modelos de combustível e a caracterização de diferentes estratégias de regeneração após o fogo. Durante a exposição teórica os alunos são encorajados a participar ativamente na aula, colocando questões e respondendo a questões colocadas pelo docente.

Em termos de aprendizagem pretende-se que o aluno:

–        Conheça e enquadre os diferentes aspetos ligados ao fogo florestal, enquanto problema, enquanto solução e enquanto fator ecológico;

–        Saiba caracterizar os combustíveis florestais e conheça os mecanismos de propagação do fogo;

–        Conheça os efeitos do fogo ao nível dos vários componentes do ecossistema;

–        Conheça o enquadramento dos vários de tipos de fogo técnico.

Em termos de competências espera-se que o aluno: 

–        Saiba utilizar algumas ferramentas básicas de apoio à decisão numa perspetiva de gestão do fogo;

–        Consiga caracterizar um complexo de combustíveis;

–        Consiga fazer uma avaliação do perigo meteorológico de incêndio e conheça as metodologias para a avaliação do risco estrutural.

PARTE I – Combustíveis e propagação do fogo 

Introdução ao fogo florestal

Combustão e combustíveis

O piroambiente

O comportamento do fogo

PARTE II – Ecologia do fogo 

Introdução à ecologia do fogo

As plantas e o fogo

Efeitos do fogo

PARTE III – Gestão do fogo 

Gestão das áreas queimadas

Silvicultura preventiva

Gestão dos combustíveis

A avaliação do risco

NAO

1. Fernandes, P., Botelho, H., & Loureiro, C. (2002). Manual de formação para a técnica do fogo controlado. Vila Real: UTAD.
2. Keeley, J. E., Bond, W. J., Bradstock, R. A., Pausas, J. G., & Rundel, P. W. (2012). Fire in Mediterranean ecosystems: ecology, evolution and management. Cambridge: Cambridge University Press.
3. Moreira, F., Catry, F., Silva, J. S., & Rego, F. (Eds.). (2010). Ecologia do fogo e gestão de áreas ardidas. Lisbon: ISAPress.
4. Pereira, J. S., Pereira, J. M. C., Rego, F. C., Silva, J. M. N., & Silva, T. P. d. (Eds.). (2006). Incêndios Florestais em Portugal – Caracterização, impactes e prevenção. Lisboa: ISA Press.
5. Pyne, S. J., Andrews, P. L., & Daven, R. D. (1996). Introduction to Wildland Fire (2nd ed.). New York: John Wiley & Sons.
6. Silva, J. S. (Ed.) (2007). Proteger a Floresta – Incêndios, pragas e doenças (Vol. 8 – Árvores e Florestas de Portugal). Lisbon: Público/Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento/Liga para a Protecção da Natureza.
7. Silva, J. S., & Páscoa, F. (Eds.). (2002). Manual de Silvicultura para a Prevenção de Incêndios. Lisboa: Direcção-Geral das Florestas.
8. Silva, J. S., Rego, F., Fernandes, P., & Rigolot, E. (Eds.). (2010). Towards Integrated Fire Management (Vol. 23 – Research Report). Joensuu: European Forest Institute.
9. Tedim, F., Leone, V., & Mcgee, T. K. (Eds.). (2019). Extreme Wildfire Events and Disasters: Root Causes and New Management Strategies. Amsterdam: Elsevier.
10. Whelan, R. J. (1995). The ecology of fire. Cambridge: Cambridge University Press.