Politécnico de Coimbra reforça laços com Moçambique

O Politécnico de Coimbra (IPC) esteve presente na 57ª Edição da FACIM – Feira Internacional de Maputo, o maior evento comercial de dimensão internacional em Moçambique, que decorreu de 29 de agosto a 4 de setembro.

Esta participação decorreu no âmbito do Projeto “Portugal Polytechnics Internacional Network (PPIN)”, criado com o objetivo de internacionalizar o Ensino Superior Politécnico. O projeto, que tem o apoio do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), significa um investimento superior a 1, 4 milhões de euros e conta com a participação de 15 politécnicos, disponibilizando um sistema de informações em mercados estratégicos como Angola, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Marrocos, Moçambique ou Peru. Para além das 15 instituições politécnicas, colaboram ainda como parceiros associados o CCISP, o Turismo de Portugal, o IAPMEI e dezenas de entidades empresariais.

Através da FACIM – Feira Internacional de Maputo, Moçambique pretende apostar na educação, modernização e na diversificação da sua economia, sendo também um ponto de encontro no relacionamento empresarial e institucional entre Portugal e Moçambique.

Do programa do certame destaca-se a realização do Dia de Portugal, a 2 de setembro, marcado pelo encontro entre os representantes oficiais dos dois países, o primeiro-ministro português António Costa e o Presidente da República moçambicana, Filipe Nyusi, o Fórum de Negócios e Investimentos e a V Cimeira Luso-Moçambicana, onde foram assinados acordos entre os dois países em diversas áreas, nomeadamente a educação, no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação (2022 – 2027).

Para além da presença na feira, a comitiva do IPC reuniu com diversas escolas secundárias da região, dando a conhecer as oportunidades e mais-valias do ensino politécnico em Portugal, bem como com alguns parceiros estratégicos interessados na formação dos seus profissionais.

Para o presidente do Politécnico de Coimbra, Jorge Conde, este “é mais um passo na aposta no mercado de língua portuguesa, opção desta Presidência desde a primeira hora”. Sendo a oferta formativa da instituição quase toda em Português, a captação de estudantes internacionais “tem dado prioridade a países como Moçambique, sendo que no âmbito do PPIN passaremos ainda por alguns países de língua espanhola”, explica o responsável.

Já Maria João Cardoso, pró-presidente do Politécnico de Coimbra para a área das Relações Internacionais, faz um balanço “extremamente positivo” da missão. “O trabalho intenso desenvolvido na semana demonstrou-nos o elevado interesse no ensino politécnico por parte de escolas secundárias e estudantes, bem como a relevância da cooperação para parceiros e empresas moçambicanas”, explica a responsável, enfatizando a aposta do IPC neste país: “Estou segura de um futuro auspicioso para a internacionalização do Politécnico de Coimbra, e de toda a rede do ensino superior politécnico, em Moçambique”, garante.