Coimbra

Aos estudantes que chegam a Coimbra, e a todos os visitantes, deixamos aqui um pequeno roteiro da cidade para que possam conhecer os pontos mais emblemáticos desta cidade.

Iniciando o percurso mesmo no centro histórico de Coimbra, em plena “baixa”, é visita obrigatória o Mosteiro de Santa Cruz, com o estatuto de Panteão Nacional, pela presença tumular dos primeiros reis de Portugal D. Afono Henriques e D. Sancho I.

Iniciando o percurso mesmo no centro histórico de Coimbra, em plena “baixa”, é visita obrigatória o Mosteiro de Santa Cruz, com o estatuto de Panteão Nacional, pela presença tumular dos primeiros reis de Portugal D. Afono Henriques e D. Sancho I.

Caminhando então pela Rua do Comércio, chega-se a um dos pontos indispensáveis da cidade, que serve de porta de entrada para a matriz de ruelas que caracteriza e simboliza a “alta” da Coimbra antiga: o Arco de Almedina. É também simbólico para os estudantes que, uma vez trajados, só poderão aí passar com a capa traçada em silêncio, em sinal de respeito. Poucos metros acima, passa-se pela Estátua da Tricana, símbolo da mulher de Coimbra. Subindo o “quebra-costas” (rua com escadaria) deparamo-nos com a Sé Velha, que começou a ser construída quando D. Afonso Henriques se declarou Rei de Portugal e escolheu Coimbra como capital do reino. É neste local emblemático que se realiza a Serenata Monumental, durante a Queima das Fitas, a semana de festividades académicas que acontece todos os anos em maio. Mais acima, encontra-se o Museu Nacional Machado de Castro. Tem um importante espólio de escultura, pintura e artes decorativas, ocupando as antigas instalações do Paço Episcopal de Coimbra (onde existia a antiga Igreja de São João de Almedina). No piso inferior do Museu existe o criptopórtico romano, com uma vasta rede de galerias e espaços comunicantes. Era este espaço que anteriormente suportava o fórum romano. Existe também o antigo Paço Episcopal, com salas multimédia e exposições temporárias, e o edifício novo, que acolhe grande parte da coleção do museu, incluindo também uma esplanada com vista para o casario.

Logo a seguir, a Sé Nova, construída no século XVI, que foi o primeiro colégio jesuíta em todo o mundo. É também um local que marca o percurso académico, uma vez que é ali que se realiza a cerimónia de Bênção das Fitas.

Próximo, encontra-se a Porta Férrea, que dá acesso ao Pátio das Escolas da Universidade e à Biblioteca Joanina. É aqui que os estudantes de Coimbra traçam as capas pela primeira vez, na noite da Serenata Monumental. Como local de descanso e passeio, existe, não muito longe, o Jardim Botânico. Um local onde se encontram coleções de plantas originárias de diversas partes do mundo e se preservam espécies em vias de extinção no seu habitat natural.

Subindo ainda mais um pouco, encontra-se o Penedo da Saudade, hoje um jardim, cujo nome tem origem na lenda segundo a qual D. Pedro frequentava o local e aí chorava a perda da sua amada Inês. Podemos encontrar neste jardim lápides com versos, bustos de poetas e homenagens de antigos estudantes à cidade. Em frente a este jardim, está o Centro Cultural Penedo da Saudade, criado em 2019 pela Presidência do Politécnico de Coimbra, que oferece um programa de iniciativas culturais durante todo o ano, abertas à comunidade.

Ao descer as ruas da cidade em direção ao rio Mondego, deparamo-nos com o Parque Verde do Mondego, uma área com mais de 400 mil metros quadrados, com caminhos para passear e ciclovias, skatepark, uma zona com areia para prática de volley de praia, pavilhões de desporto e exposições, infraestruturas para a prática de canoagem e paddle, entre outros. É também nas margens do Mondego que se realizam os batismos dos caloiros, durante a semana da Latada, que ocorre habitualmente em outubro, e que marca o início do ano letivo e a receção aos novos estudantes.

Atravessando o rio pela ponte pedonal Pedro e Inês, surge o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, cujas ruínas são um dos primeiros exemplares da arquitetura gótica do país.

Atravessando o rio pela ponte pedonal Pedro e Inês, surge o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, cujas ruínas são um dos primeiros exemplares da arquitetura gótica do país.

A visita ao mosteiro engloba as ruínas e um núcleo museológico que integra o espólio arqueológico conventual. O mosteiro foi fundado pela Rainha Isabel no século XIV, que aí viveu depois da morte do marido, o Rei D. Dinis. O mosteiro foi abandonado desde o século XVII devido às cheias constantes provocadas pelo rio Mondego. Para o substituir, foi erigido um novo mosteiro, o de Santa Clara-a-Nova, no cimo do planalto de Santa Clara. Construído ao estilo barroco, ali jaz a padroeira da cidade, no túmulo original que data do século XIV, e em honra da qual se realizam as festas da Rainha Santa, de dois em dois anos, em Coimbra. O monumento está aberto a visitas e tem um miradouro com uma visita fantástica sobre a cidade.

Ao descer, encontramos ainda o Convento São Francisco que, depois de um projeto de requalificação, reabriu em 2016 como espaço cultural com uma agenda diversificada, entre concertos, peças de teatro e espetáculos de dança. Ao lado, está a Quinta das Lágrimas, um local povoado de árvores e fontes antigas, com um palácio do século XIX e ruínas neogóticas. Neste sítio, poderá ficar a conhecer de perto o palco de uma das histórias de amor mais conhecidas de Portugal, o amor proibido entre o príncipe de Portugal D. Pedro, e uma aia galega, D. Inês de Castro, o jardim da Quinta das Lágrimas. A famoso Fonte das Lágrimas evoca simbolicamente as lágrimas e o sangue derramados por Inês de Castro quando foi tragicamente executada em 1355 por ordem do pai de D. Pedro, o rei D. Afonso IV.

Não deixe de conhecer também a Mata Nacional do Choupal. Com uma área de 79 hectares, este é o local predileto para atividades ao ar livre, com percursos para corrida, caminhada e bicicleta, onde também existe uma área para piquenique e um café. É possível fazer o caminho a pé, desde o centro da cidade até à Mata, percorrendo a área ao longo do rio Mondego.