Projeto finalista do Concurso Poliempreende ganha bolsa Startup Voucher e faz incubação no IPN

O projeto SeaWeed Mine, nascido na ESAC e finalista da 17.ª edição do Concurso Poliempreende, conquistou recentemente uma bolsa StartUp Voucher e encontra-se atualmente em incubação no IPN.

A Seaweed Mine é uma startup constituída por quatro elementos recém-diplomados de Biotecnologia pela Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC): Ângelo Almeida, Bernardo Igreja, Flávia Ribeiro e Joana Valério. É um projeto empresarial que se encontra a desenvolver um processo proprietário que permite a descontaminação de águas residuais contaminadas por metais pesados da indústria mineira, através do recurso a algas naturais capazes de sorver esses mesmos metais pesados. Tratam-se de substâncias bastante tóxicas para o Homem e para os outros seres vivos, provocando doenças como disfunções do sistema nervoso e maior incidência de cancro. Um dos casos onde os metais pesados são um problema é nas minas, na exploração do minério extraído, que tem como consequência a contaminação de lagos/aquíferos por esses metais, representando um risco para o ambiente e saúde humana.

O projeto nasceu nas salas de aula da ESAC em 2019, no âmbito da unidade curricular de Gestão Empresarial e Empreendedorismo lecionada na Licenciatura de Biotecnologia pelos professores Sara Proença e Carlos Boto. Segundo Flávia Ribeiro, ao longo da formação foram desenvolvendo a ideia, tendo o plano de negócio motivado de tal forma os membros da equipa “que justificou o desejo e a paixão de abraçar a oportunidade de levar o plano de negócio mais longe e torná-lo num projeto de vida”, recorda. A participação em programas e competições, entre as quais o Poliempreende IPC 2020, foi incentivada pelos docentes, e a equipa procurou tirar o máximo partido dessa oportunidade para dar os próximos passos e procurar explorar a ideia de negócio e validar o respetivo modelo de negócio.

A equipa chegou à fase final do Concurso Poliempreende IPC 2020, e com o feedback recebido do júri, decidiu apresentar uma candidatura ao programa nacional de apoio ao empreendedorismo, Startup Voucher, tendo sido um dos projetos de ideia de negócio escolhidos pelo IAPMEI para financiamento. “Trata-se de um programa exigente, que obriga ao reporte mensal das atividades realizadas e contamos uma vez mais com o apoio do professor Carlos Boto e da professora Sara Proença no acompanhamento do nosso trabalho”, afirma Flávia Ribeiro.

Ao estar integrada no Startup Voucher, a Seaweed Mine encontra-se neste momento preparada para avançar com o teste-piloto laboratorial de forma a “confirmar a eficiência do nosso processo proprietário”, explica Flávia Ribeiro, adiantando que o projeto vai ser desenvolvido numa parceria estabelecida com a ESAC, uma vez que “não é apenas o berço das carreiras dos quatro promotores da SeaWeed Mine, é a casa onde nos sentimos apoiados e protegidos para realizar os nossos sonhos”.

Os planos para o futuro desta jovem equipa são, após os resultados do teste-piloto laboratorial, adaptá-los de forma a ser possível realizar um teste-piloto a nível industrial com o objetivo de comprovar a eficiência a uma larga escala.

 

In Jornal do IPC n.º 11