IPC em projeto de valorização da fileira florestal da região Centro

O Politécnico de Coimbra, através da Escola Superior Agrária, participa no Projeto F4F – Forest For Future, que visa valorizar a fileira florestal da região Centro e tem por objetivo primordial a demonstração e a transferência de tecnologias e soluções que permitam melhorar o valor acrescentado no setor florestal da região Centro, com particular ênfase na cadeia do pinho. O projeto iniciou em janeiro deste ano, decorrendo até julho de 2023, e é financiado em cerca de 3,5 milhões de euros no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro (CENTRO 2020).

O Consórcio estabelecido para o projeto envolve 21 entidades, com áreas de atuação estruturadas em quatro eixos principais: Plantas e Viveiros; Gestão Florestal; Soluções Industriais e Floresta Multifuncional, materializando-se no desenvolvimento de 23 projetos-piloto. A equipa do IPC participa em nove projetos-piloto e é constituída por nove investigadores da Escola Superior Agrária de Coimbra: Beatriz Fidalgo, David Rodrigues, Filomena Gomes, Hélia Marchante, José Gaspar, Leonor Pato, Maria Vidal, Raúl Salas e Vítor Carvalho.

Os investigadores da ESAC-IPC assumem funções de coordenação nos projetos que estão relacionados com o Melhoramento da Qualidade (das plantas) (PP4), com a Avaliação do Potencial Produtivo dos Espaços Florestais (PP7), com a Demonstração do Potencial de Espécies Alternativas (PP10), com a Valorização de Cogumelos e Trufas (PP16), e assumem a cocoordenação do PP9 – Plantas Invasoras.

Segundo José Gaspar, investigador da ESAC e vice-presidente do IPC, o contributo da equipa da ESAC-IPC “permite a incorporação do know-how adquirido em projetos de investigação na área científica das ciências florestais e do ambiente, bem como potenciar a rede de entidades e parceiros com ligações ao território e incorporar as necessidades e a visão dos stakeholders”.  O trabalho da equipa pretende ainda “disseminar os resultados de parcelas/trabalhos experimentais e de projetos de investigação (desenvolvidos e em preparação) localizados na região Centro, ou em locais que constituam exemplos de boas práticas/iniciativas suscetíveis de serem implementadas na região”, explica.

Os trabalhos a desenvolver terão um caráter eminentemente demonstrativo e permitirão desenvolver “soluções à medida”, promovendo e demonstrando novas tecnologias e soluções aplicadas e diferenciadoras, que poderão ter “um contributo significativo em um dos principais domínios de especialização da região”, afirma o investigador.

As primeiras ações de demonstração/formação/divulgação iniciaram-se em abril, com uma ação de formação de curta duração (on-line a 15/4) subordinada ao tema “Gestão e controlo de plantas invasoras” (ESAC-IPC, UC-CFE; CIM-VDL) e uma outra em Penela (28/4), com participação presencial e on-line subordinada ao tema “Demonstração de preparação de compostos biológicos para melhorar a atividade biológica do solo” (ESAC-IPC, BLC3, Câmara Municipal de Penela).

Desde que existam condições para o efeito, a partir de agora, a equipa da ESAC-IPC vai assegurar o desenvolvimento de inúmeras sessões de demonstração, a organização de diversas jornadas técnicas, a produção de fichas técnicas e manuais de boas práticas, assim como garantir o acompanhamento e a demonstração da implementação de novas tecnologias e equipamentos, em seminários específicos, e em sessões práticas a realizar em áreas de demonstração na região Centro.

As ações a desenvolver contarão com a colaboração das diversas entidades do consórcio, bem como de um conjunto de parceiros estratégicos identificados previamente, mas permitirão a inclusão de outras entidades ou organizações que se considerem relevantes ou interessadas em associar-se às iniciativas (importantes na cadeia de valor), contribuindo assim para uma maior eficácia da transferência de conhecimento e de tecnologia para o tecido empresarial, fornecendo um importante contributo para a demonstração de soluções sustentáveis e de valorização dos recursos endógenos dos territórios de baixa densidade.

 

In Jornal do IPC n.º14