Politécnico de Coimbra assina pacto institucional para a valorização da economia circular na região centro

O Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro foi assinado entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e 84 entidades públicas e privadas, entre as quais o Politécnico de Coimbra (IPC), e tem como objetivo promover iniciativas que visam a promoção de práticas circulares.

Sendo Ana Ferreira, vice-presidente do IPC responsável pela área da saúde ambiental, o IPC tem responsabilidades acrescidas na educação dos jovens, futuros decisores de amanhã, e “deve dar o exemplo e ser uma referência”, não só na área de ensino, mas também na área da sustentabilidade ambiental. “Encaramos este Pacto como o assumir de uma responsabilidade e de um compromisso partilhado, por um futuro que se quer inclusivo, saudável e sustentável”, garante.

De acordo com a responsável, as atuais tendências de aumento populacional, crescimento da procura e consequente pressão nos recursos naturais têm vindo a destacar a necessidade de as sociedades modernas avançarem para um paradigma mais sustentável. Este traduz-se numa economia “mais verde que assegure o desenvolvimento económico, a melhoria das condições de vida e de emprego, bem como a regeneração do capital natural”, refere Ana Ferreira, frisando que “no Politécnico de Coimbra entendemos, como natural, que a economia circular seja uma ferramenta complementar à gestão”.

No âmbito do Pacto assinado, o IPC compromete-se a implementar iniciativas destinadas a alargar, progressivamente, o mercado interno de produtos da economia circular, bem como a adoção de princípios circulares nos processos de compras; a implementar iniciativas de reorganização interna, no âmbito de projetos de economia circular, ou resultantes de um esforço em alterar comportamentos coletivos em prol de lógicas de economia circular; e também implementar iniciativas de animação nas suas Unidades Orgânicas de Ensino (UOE) alicerçadas na criatividade e participação de estudantes, envolvendo-os igualmente em iniciativas de divulgação e sensibilização para práticas de economia circular.

No conjunto das entidades que integram o Pacto, são cerca de 230 ações com estratégias assentes no combate ao desperdício, circuitos curtos, compras circulares, novos modelos de negócio e desmaterialização, ecodesign e eco-conceção, extensão do ciclo de vida, valorização dos subprodutos e resíduos, simbioses industriais, tecnologias digitais ao serviço da economia circular ou uso eficiente dos recursos. Entre as áreas temáticas mais incidentes, destacam-se a alimentação e o consumo sustentável, a bioeconomia circular, águas, materiais e energia, plásticos e lixo marinho, construção, floresta, têxteis, resíduos e mobilidade sustentável. A lista das entidades subscritoras e as suas respetivas ações podem ser consultadas no site concebido para a promoção da Agenda Regional de Economia Circular do Centro, em http://agendacircular.ccdrc.pt.

As propostas incluídas no Pacto serão monitorizadas por cada entidade, reportando à CCDRC, semestralmente, o ponto de situação das ações a concretizar até junho de 2021.