Microcredenciação em Sistema Auditivo e Declínio Cognitivo

O curso de Microcredenciação em Sistema Auditivo e Declínio Cognitivo visa o desenvolvimento de competências em duas áreas que estão em pleno desenvolvimento a nível internacional no exercício da Audiologia e que requerem alguma maturidade profissional.
Curso é comporto por duas unidades curriculares:
– Despiste Cognitivo em Audiologia: A perda de audição provoca alterações nas estruturas e nas funções cerebrais, aumenta a carga cognitiva na medida que requer um esforço maior para escutar e entender o que está a ser dito. Este esforço vai diminuir os recursos para a memória auditiva pois estes são finitos e partilhados entre a escuta e a memória. O indivíduo devido ao esforço e muitas vezes à fadiga auditiva acaba por se isolar o que agrava o risco de declínio cognitivo. Se uma boa qualidade da audição é necessária para diminuir o risco de declínio cognitivo o inverso também acontece, especialmente se o ambiente de escuta é adverso (ex.: ruidoso). O papel do graduado em Audiologia (Audiologista) na reabilitação/treino auditivo pode contribuir para que a diminuição do esforço auditivo-cognitivo seja um facto. Esta intervenção pode contribuir para a diminuição do risco de declínio cognitivo. No início da reabilitação auditiva/treino auditivo o Audiologista deve fazer um despiste do declínio cognitivo, não só para encaminhar os casos suspeitos, mas também para monitorizar a melhoria ou manutenção da saúde cognitiva do indivíduo que recorre aos seus serviços. A nível internacional, como seja nos EUA esta prática por parte do Audiologista começa a ser habitual. Em Portugal, com a formação em cognição por parte de muitos audiologistas, é um tema de atualidade.
– Manuseamento de Cerúmen em Audiologia: O cerúmen pode causar dificuldades auditivas e desconforto e em alguns casos contribuir para infeções no canal auditivo externo ou mesmo para o isolamento social do indivíduo. Apesar da presença de cerúmen ser muitas vezes assintomática, os indivíduos podem sentir, além da perda de audição, sensação de ouvido tapado, zumbido, dor de ouvido, entre outros sintomas. No exercício profissional do Audiologista a remoção do cerúmen é algo necessário para que a realização de testes audiológicos e a tomada de impressão para os moldes a acoplar aos aparelhos auditivos seja fiável. Em vários países do mundo, como sejam os EUA e o Reino Unido, a competência de extrair o cerúmen é também do Audiologista. Nestes países são lecionados cursos de formação profissional avançada de extração de cerúmen em diversas universidades. Os métodos usados podem incluir a irrigação do canal auditivo externo, a microsucção e a remoção manual. Em Portugal, a extração de cerúmen é realizada exclusivamente pelos médicos de Otorrinolaringologia. Este facto leva a que muitas vezes os indivíduos tenham de esperar meses por uma consulta num hospital com esta especialidade. Algo que poderia ser facilmente resolvido pelo Audiologista que, neste momento, sempre que necessário, encaminha para o médico de otorrinolaringologia para extração de cerúmen.

Podem candidatar-se à matrícula e inscrição os licenciados em Audiologia com prática clínica em audiologia de pelo menos 3 anos, devidamente comprovada.

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