Gestão de Operações II

Conhecimentos de Base Recomendados

matemática e desenho, software: folhas de cálculo, CAD.

Métodos de Ensino

A metodologia adoptada nas aulas teórico-práticas inclui, para cada tema, 4 etapas distintas. Na 1ª contextualizam-se os alunos com um resumo da evolução recente, ao que se segue a apresentação teórica da situação e metodologias actuais optando-se pelo método expositivo e inquisitivo. Na 3ª fase mostra-se como aplicar os conhecimentos transmitidos através da apresentação de exemplos resolvidos, relatos de situações reais e resolução de exercícios. Na última fase os alunos elaboram trabalhos práticos de interpretação técnico-científica e pesquisa, em grupo, fomentando o trabalho em equipa. As Tutoriais são dedicadas ao esclarecimento de dúvidas e acompanhamento da evolução da resolução dos trabalhos. Avaliação: tem duas componentes de igual valor. A 1ª, de natureza contínua, inclui a elaboração de trabalhos práticos. A 2ª é constituída por um exame. A nota final resulta da soma das duas parcelas, sendo que, nenhuma poderá ter uma classificação inferior a 30% do respectivo total.

 

No presente ano lectivo pretende-se consolidar a introdução num conjunto de u.c.’s do grupo disciplinar de Construções a metodologia de Aprendizagem Baseada em Projectos -ou Project Based Learning no original (PBL)-, que consiste na realização de trabalhos práticos no âmbito do projecto de uma moradia unifamiliar, com base num projecto real que inclui componentes desenvolvidas em várias u.c.’s, nomeadamente, Desenho e Sistemas Construtivos, Construções Civis e Gestão de Operações.

 

Assim, os alunos começam por trabalhar na fase de concepção da edificação, desenvolvendo soluções construtivas e pormenorizando-as de acordo com as regras da arte de bem construir e verificando o respeito pela legislação em vigor, elaborando projectos de especialidades, nomeadamente, o de desempenho energético, o de comportamento acústico e de redes prediais de abastecimento e drenagem de águas. De seguida elaboraram o mapa de quantidades de trabalhos necessários à concretização do projecto, e procederam ao cálculo de uma estimativa de custo, e agora elaboram o planeamento de todos os trabalhos quantificados e orçamentados, e simulam a construção através da elaboração de autos mensais de medição.

 

Tal como referido, o fio condutor de todo este processo é o facto de se tratar do mesmo edifício, e portanto, do mesmo projecto, o que permite aos alunos uma aplicação concreta e consistente dos conhecimentos transmitidos numa situação real.

 

 

Resultados de Aprendizagem

Obj: foca os temas mais importantes para profissionais de empresas de construção, gestão e fiscalização de obras e desenvolve a capacidade de planear, organizar, dirigir, executar, acompanhar e fiscalizar empreitadas. C.Genéricas: análise e compreensão do problema, selecção da metodologia de resolução e consequente aplicação; avaliação crítica dos resultados, procura de alternativas e apresentação de resultados de acordo com critérios predefinidos. C.Específicas: Adquirir conhecimentos e capacidade de compreensão relacionados com as necessidades de planeamento, a elaboração de planos de trabalhos e a sua optimização em função dos recursos disponíveis; Desenvolvimento das competências necessárias à elaboração de uma planta de estaleiro, ao controlo da evolução de uma empreitada, à gestão de subempreitadas e de trabalhos a menos e a mais e elaboração de autos de medição mensais. Conhecer o perfil ideal do director de obra e directrizes fundamentais sobre a gestão de reuniões.

Programa

 

1.         GENERALIDADES E CONCEITOS BÁSICOS

a.         Faseamento dos Projectos de Obras Públicas;

b.         Licenciamento de Obras Particulares

i.          Direcção Técnica da Empreitada

2.         PREPARAÇÃO DE UMA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

a.         ORGANIZAÇÃO DO ESTALEIRO

i.          Projecto do Estaleiro

1.         Entradas e saídas de pessoas e veículos;

2.         Localização de estaleiros e armazéns específicos dentro do próprio estaleiro;

3.         Equipamento a colocar no Estaleiro

4.         Procedimentos necessários à abertura do estaleiro

5.         Locais de depósito e de empréstimo.

b.         SUB-EMPREITADAS

i.          Identificação de Sub-Empreitadas necessárias

1.         Análise dos trabalhos sub-empreitáveis

2.         Comparação com produção própria

3.         Definição dos trabalhos a sub-empreitar

ii.         Consultas a Sub-Empreiteiros

1.         Preparação de processos para pedidos de orçamentos

2.         Análise das propostas

3.         Elaboração de mapas comparativos

iii.        Adjudicações

1.         Contratos de sub-empreitada tipo.

 

c.         ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHOS

i.          Definição de actividades

ii.         Atribuição de precedências

iii.        Cálculo das durações de cada actividade

iv.        Definição das equipas necessárias

v.         Colocação no tempo das actividades

vi.        Diagramas de Gantt e PERT

1.         Definição do caminho crítico

vii.       Análise dos riscos inerentes mais significativos

viii.      Software específico de planeamento.

 

3.         DIRECÇÃO DE UMA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

a.         ESTUDO DO PROJECTO

i.          Verificação da compatibilidade dos projectos de especialidades

ii.         Identificação de situações merecedoras de atenção

iii.        Pormenores construtivos

iv.        Selecção das tecnologias a utilizar

v.         Verificação das quantidades de trabalhos medidas

b.         ELABORAÇÃO DE AUTOS DE MEDIÇÃO

i.          Cálculo dos trabalhos realizados

ii.         Cálculo do valor dos trabalhos realizados

iii.        Elaboração de facturas

c.         GESTÃO DE TRABALHOS A MAIS, A MENOS E NÃO PREVISTOS

i.          Elaboração de autos de trabalhos a mais

ii.         Apresentação de preços para trabalhos não previstos

d.         CONTROLO DA EVOLUÇÃO DOS TRABALHOS

i.          Estudo comparativo do realizado com o previsto

1.         em termos de prazos

2.         em termos de custos

ii.         Elaboração de gráficos elucidativos

iii.        Medidas correctivas para eventuais atrasos.

 

4.         ENCERRAMENTO ADMINISTRATIVO DE UMA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

a.         RECEPÇÃO PROVISÓRIA

b.         AVALIAÇÃO DO SUCESSO DA EMPREITADA

i.          Prazos, custos e qualidade

c.         ELABORAÇÃO DE GRÁFICOS ELUCIDATIVOS

d.         MEDIDAS CORRECTIVAS PARA EVENTUAIS ATRASOS.

 

5.         PERFIL DE UM DIRECTOR DE OBRA

a.         O EXERCÍCIO DA AUTORIDADE

b.         A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA

i.          No relacionamento com os restantes intervenientes

ii.         Na tomada de decisões atempada e sustentadamente

iii.        Na capacidade de delegação de tarefas

c.         PRINCÍPIOS ÉTICOS E DEONTOLÓGICOS A RESPEITAR.

 

6.         REALIZAÇÃO DE REUNIÕES

a.         MANUAL DE PROCEDIMENTOS GERAL

i.          Justificação da reunião

ii.         Intervenientes necessários e desnecessários

iii.        Preparação da reunião

iv.        Condução da reunião

v.         Redacção expedita de actas.

Docente(s) responsável(eis)

Estágio(s)

NAO

Bibliografia

Coutinho-Rodrigues, João, (2002), Gestão de Empreendimentos – A Componente de Gestão da Engenharia, Ediliber, Coimbra.

Farinha, Brasão e Paz Branco, (1996), Manual de Estaleiros de Construcão de Edifícios, LNEC. Branco, José Paz, (1977), Introdução ao Planeamento na Construção de Edifícios, LNEC.
Correia dos Reis, António (2007), 
Organização e Gestão de Obras, Edições Técnicas ETL, Lda, Lisboa. Legislação específica em vigor.

Texto de apoio elaborados pelo Docente.