AGA@4life promove um envelhecimento ativo e saudável

Projeto é liderado pelo IPC e prevê a implementação de um programa de intervenção integrado e multidisciplinar que traga benefícios à qualidade de vida do idoso

AGA@4Llife é o nome do projeto liderado pelo Politécnico de Coimbra, que procura dar uma resposta adequada e eficaz aos desafios da evolução demográfica atual e ao envelhecimento da sociedade, assente no reconhecimento do envelhecimento enquanto processo individual, multidimensional e heterogéneo.

Segundo Telmo Pereira, investigador da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC) e coordenador deste projeto, o modelo de intervenção AGA@4life foi desenvolvido com base nesta premissa essencial, conjugando “a abordagem holística da pessoa idosa e a definição consequente de um plano de intervenção personalizado com vista à promoção de um envelhecimento saudável e ativo”. Este plano de intervenção é desenhado à medida das necessidades concretas do indivíduo, sendo implementado por uma equipa multidisciplinar e tecnicamente qualificada, congregando elementos diversos, tais como a estimulação cognitiva, a atividade física adaptada, o aconselhamento multidimensional (nutricional, farmacoterapêutico, entre outros) e a promoção da inclusão.

 

O projeto compreende a avaliação do idoso em várias componentes, como por exemplo a capacidade funcional e o risco de quedas ou a memória e comunicação

O projeto compreende a avaliação do idoso em várias componentes, como por exemplo a capacidade funcional e o risco de quedas ou a memória e comunicação

O Projeto AGA@4life desenvolveu e validou um modelo de intervenção visando a valorização da pessoa idosa pela promoção da saúde e bem-estar, da independência e autonomia, da mobilidade e da oportunidade para contribuir na comunidade em que se insere. A implementação do modelo de AGA (Abordagem Geriátrica Ampla) compreende seis passos fundamentais: a caracterização clínica e avaliação diagnóstica da população-alvo; a apreciação e discussão dos casos avaliados, no seio da equipa multidisciplinar; a definição de um plano de intervenção individualizado e multidisciplinar; a implementação do plano de intervenção em articulação com idoso, família e agentes locais; a monitorização da resposta ao plano de intervenção; a discussão dos resultados pela equipa de intervenção e revisão do plano de intervenção sempre que necessário. O cumprimento de todos estes passos é fundamental para a obtenção do resultado esperado – máximo benefício em termos de saúde e funcionalidade. Para avaliação do idoso são recolhidas várias componentes, que vão desde a capacidade funcional e o risco de quedas à cognição (e.g. memória, comunicação), qualidade de vida e humor, suporte social, entre outras.

 

Segundo Telmo Pereira, os planos de intervenção são construídos “à medida das necessidades identificadas em cada idoso, focando-se nas diferentes dimensões potenciadoras de benefícios em termos de saúde”. O investigador realça a integração de plataformas digitais de monitorização remota de sinais fisiológicos para a monitorização sistemática do estado de saúde global enquanto elemento testado no âmbito do projeto, desempenhando “um papel decisivo na criação de ambientes amigáveis e inclusivos, que valorizem a autonomia e o independent-living da pessoa idosa”.

O Projeto foi desenvolvido num consórcio que inclui o Politécnico de Coimbra, o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Politécnico de Castelo-Branco, a Associação para a Defesa do Idoso e da Criança (ADIC) de Vilarinho e a Câmara Municipal da Lousã e é cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Acordo de Parceria Portugal 2020 – Programa Operacional Regional do Centro (CENTRO 2020).