Congresso iberoamericano junta investigadores em Coimbra

Vai realizar-se o X Congresso Iberoamericano de Universidades Promotoras da Saúde, nos dias 10, 11 e 12 de outubro de 2022, no Convento de São Francisco em Coimbra, Portugal, sobre o tema “Ensino Superior, Promoção da Saúde e Desenvolvimento Sustentável”.

O congresso é uma organização conjunta da Rede Iberoamericana de Universidades Promotoras da Saúde (RIUPS), do Politécnico de Coimbra (IPC) e da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência, o Presidente da República Portuguesa. Este evento vai juntar cerca de 250 investigadores de Portugal, Espanha e vários países da América Latina e conta com a presença de delegações universitárias de 15 países.

Para o presidente do Politécnico de Coimbra e presidente do Congresso, Jorge Conde, esta é uma oportunidade para o ensino superior português poder abordar um tema “de grande relevância para as nossas instituições” e partilhar com os professores e investigadores da Rede Iberoamericana e da Rede Europeia “as experiências e os programas que garantem comunidades mais focadas na saúde e em comportamentos sustentáveis”. O facto de o congresso acontecer em Coimbra “é o reconhecimento do papel que o Politécnico de Coimbra tem tido neste campo, nomeadamente com um conjunto de programas ligados à sustentabilidade e à promoção da saúde”, afirma o responsável.

Para o presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, António Fernando Amaral, a organização deste evento é “uma oportunidade de rever conceitos e de partilhar boas práticas no âmbito das políticas institucionais ligadas à inclusão, ao bem-estar, à conciliação entre trabalho e família e aos comportamentos para a proteção do ambiente”. “Ter instituições saudáveis é, também, ter comunidades compassivas e pessoas agentes da transformação social necessária. Ter serviços dedicados à saúde dos estudantes e dos trabalhadores não é suficiente para ter organizações saudáveis. Para isso, é necessário ter formas de gestão que envolvam as pessoas nas decisões e que tenham em conta as suas dificuldades e, sobretudo, as suas necessidades”, afirma o responsável, acrescentando: “Discutir estes temas e partilhar boas práticas é indispensável, porque só pela cooperação e partilha poderemos almejar ter um mundo melhor”.

O coordenador geral da RIUPS e presidente da Comissão de Honra, Hiram Arroyo, refere que o evento “promove o vínculo com as novas iniciativas da RIUPS” e “favorecerá a troca de experiências e aprendizados” nas áreas de Promoção da Saúde e Educação em Saúde nas Universidades. As Universidades Promotoras de Saúde são Instituições de Ensino Superior públicas e privadas que desenvolvem uma cultura de saúde dentro das universidades, o que implica “elevar a saúde ao mais alto nível de prioridade institucional, impactando a missão, visão, valores e planos estratégicos da universidade”. “A Promoção da Saúde oferece o arcabouço filosófico, conceitual e operacional para orientar a execução de iniciativas diversificadas”, acrescenta.

Do programa dos três dias destacam-se: no dia 10, às 17h, a conferência “Vinte Anos do Movimento Ibero-Americano de Universidades Promotoras da Saúde e o seu trabalho em rede através da RIUPS”, seguida da cerimónia de Entrega de Prémios da RIUPS 2022; no dia 11, durante a tarde, três conferências sobre a temática da Promoção da Saúde com a participação de oradores internacionais; e no dia 12, às 11h00, a Conferência “Desafios e oportunidades do Movimento Global das Universidades Promotoras da Saúde” por Mark Dooris (Reino Unido). O programa completo pode ser consultado no website https://riupscoimbra2022.net/programa/.

Para apresentação ao longo dos três dias, estão inscritos cerca de 200 trabalhos, entre comunicações orais, posters e vídeos em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agrupados em 3 categorias: Sociedade, Saúde e Cultura, Governança e Economia, Ambiente e Alterações Climáticas. A escolha deste tema prende-se com a missão das Instituições de Ensino Superior (IES) que, além da formação de pessoas altamente qualificadas e da obtenção de resultados de investigação social e economicamente motivados, podem “criar ativos em saúde que sejam atores na transformação da sociedade e para encorajar novos valores culturais”.

A Comissão Científica do Congresso tem como presidente Irma Brito, docente da ESEnfC.