IPC integra criação de curso superior de Neurodesenvolvimento Infantil
O Politécnico de Coimbra (IPC) integra a parceria num projeto inovador de Erasmus+ Capacity-building in higher education com a finalidade de criar um curso superior de neurodesenvolvimento em universidades palestinianas e jordanas. O projeto intitulado “Neurodevelopmental CAre for REfugees (Acrónimo: NeuCaRe)”, tem um financiamento de 668,75€, decorre ao longo de 36 meses (teve início em 2020 e termina no final de 2023), é coordenado pela Universidade de Granada e envolve, além do IPC, duas universidades da Palestina (Bethlehem University e Hebron University (HU) e duas da Jordânia (Yarmouk University e University of Petra).
Estão envolvidos no projeto três docentes do IPC: Susana Gonçalves (ESEC/IPC), Rui Costa (ESAC/IPC) e Telmo Pereira (ESTeSC/IPC), que participam em vários grupos de trabalho, nomeadamente: Steering Committee, Work Package leaders Committee e Gender Equality Committee (Susana Gonçalves), Quality Control Committee e Work Package Leaders Committee (Rui Costa) e E-Learning Methodology (Telmo Pereira).
Segundo Susana Gonçalves, coordenadora do projeto no IPC, trata-se de um projeto de cooperação no âmbito do desenvolvimento curricular na área das ciências sociais e do comportamento, com o qual se procura apoiar a modernização, acessibilidade e internacionalização do ensino superior nos países parceiros envolvidos. O projeto irá permitir o desenvolvimento de um diploma superior sobre neurodesenvolvimento de crianças migrantes e é destinado aos técnicos seus cuidadores.
Para a investigadora, este, como outros projetos de desenvolvimento curricular e de I&D, são “estímulos importantes para ajustamento das instituições de ensino superior às necessidades sociais e profissionais que, como sabemos, estão em constante evolução”. Susana Gonçalves sublinha o desafio de investigação e desenvolvimento curricular em ambiente internacional e intercultural, “um tipo de desafio que no mundo globalizado de agora precisamos encarar como sendo parte regular das atividades dos docentes e não como algo excecional e transitório”. No caso concreto deste projeto, a investigadora realça a colaboração com algumas das maiores universidades da Jordânia e da Palestina e o motivo dessa colaboração: formar profissionais competentes para cuidar de crianças refugiadas e de outros grupos vulneráveis com perturbações neurodesenvolvimentais.
Com esta ação, as instituições envolvidas esperam desenvolver um programa inovador, contribuir para a qualidade do ensino superior e aumentar sua relevância para o mercado de trabalho e a sociedade.



In Jornal do IPC n.º17