Obras de requalificação e aposta na captação de estudantes são prioridades para 2020

Até final do ano, o Politécnico de Coimbra pretende aumentar o número de estudantes nacionais e internacionais e melhorar as condições existentes com obras de requalificação e a construção de novos edifícios, passando pela renovação de equipamentos

Em março deverão terminar as obras de restauro da residência da Quinta da Nora

Em março deverão terminar as obras de restauro da residência da Quinta da Nora

O novo ano promete ser repleto de desafios para o Politécnico de Coimbra (IPC), que apresenta um plano de atividades ambicioso, assente no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos. Segundo Jorge Conde, presidente do Politécnico de Coimbra, este plano de atividades foi realizado “tendo em conta o trabalho de continuidade que a instituição vem a desenvolver no âmbito da sua missão”, caminhando para uma “cada vez maior realização em conjunto, englobando as unidades orgânicas, os serviços e as direções cultural e do desporto”.

Segundo o responsável, “a conjuntura política e económica que vivemos é limitadora de planos muito longos no tempo, pelo que importa que os objetivos definidos e as metas a atingir tenham em conta as alterações superiormente impostas, como a transferência da receita para um modelo cada vez mais estatal e desincentivador do crescimento do número de alunos”.

Para o desenvolvimento da sua atividade em 2020, o IPC conta com uma receita de cerca de 47 milhões de euros, sendo cerca de 31 milhões provenientes do Orçamento de Estado, e os restantes de receitas de autofinanciamento e de financiamentos da União Europeia, projetos cofinanciados e transferências entre Organismos do Estado.

Para 2020, Jorge Conde espera manter a dinâmica até agora implementada e finalizar alguns dos projetos iniciados em anos anteriores, bem como iniciar outros.

Uma das ações marcantes que se pretende concretizar este ano é a realização de obras de requalificação e a construção de novos edifícios, passando pela renovação de equipamentos. Ainda este mês, tem lugar a reabertura da cantina do ISEC e o arranque da 1.ª fase das obras da Casa do Bispo. Em março, deverão terminar as obras de restauro da residência da Quinta da Nora e a ampliação da residência de Bencanta. Com esta intervenção, o IPC passará a disponibilizar 26 novas camas para estudantes e uma nova lavandaria. Em julho, está previsto o início da construção de uma nova cantina na ESEC e o reaproveitamento do espaço atual para aulas que agora funcionam no Pólo II junto ao antigo ISCAC na rua Luís de Camões. Em julho, arranca também o novo edifício no Campus da Agrária onde irá funcionar uma nova cantina e uma nova biblioteca, comuns à ESAC e ao ISCAC, bem como um espaço de serviços e salas de aulas para o ISCAC. Os dois novos edifícios representam um investimento superior a 3,3 milhões de euros.

O Politécnico vai continuar a apostar na criação de CTeSP em outros concelhos, como é o caso da Mealhada

O Politécnico vai continuar a apostar na criação de CTeSP em outros concelhos, como é o caso da Mealhada

Respondendo à sua missão fundamental – formar pessoas do ponto de vista humano, cultural, científico e tecnológico -, o Politécnico pretende captar um maior número de estudantes, através sobretudo do aumento do número de Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) fora de Coimbra e de Oliveira do Hospital, e do aumento do número de alunos internacionais e dos que frequentam segundos ciclos e pós-graduações. Segundo Jorge Conde, tem sido feito uma aposta muito grande na internacionalização, quer ao nível da captação de alunos internacionais – sobretudo provenientes de Brasil, Cabo Verde, Angola, Moçambique, e a nova aposta que passa pela América Latina -, quer ao nível da mobilidade de professores, trabalhadores não docentes e estudantes, e ainda com a criação de mais projetos internacionais em coprodução com players internacionais.

Outra aposta fundamental é a implementação do sistema interno de garantia da qualidade e da nova plataforma académica, passando por um conjunto de processos desmaterializados. Até final do ano, prevê-se que o Politécnico de Coimbra seja uma instituição quase livre de papel e de processos manuais excessivamente demorados e propícios ao erro. O projeto já começou no ano passado, mas será em 2020 que efetivamente se vai repercutir na vida dos que aqui estudam e trabalham.

Entre as áreas principais a desenvolver este ano, destacam-se ainda uma maior ligação ao território, às empresas e à promoção da empregabilidade e do empreendedorismo, um maior apoio à investigação e à criação de centros e laboratórios acreditados e financiados, a reforma da oferta formativa e inovação pedagógica, contribuindo para um maior sucesso escolar, o maior e melhor apoio social aos estudantes e a criação de campus sustentáveis e ambientalmente responsáveis. 2020 é também o momento em que se completam 40 anos desde a criação do “Politécnico”, sendo que desde 2004 que a instituição tem a configuração atual de 6 escolas. “Vamos mudar a imagem do Politécnico de Coimbra, criando uma marca moderna e adaptada aos novos tempos, que reflita um passado de respeito, mas mostre um futuro moderno, ambicioso e preparado para os desafios que se vão colocar”, afirma o presidente da instituição.

Estão também agendados vários eventos agregadores da comunidade do Politécnico de Coimbra e que se anteveem marcantes para a instituição. A realização nos dias 16 e 17 de abril de um congresso no auditório do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), sobre o tema “40 anos a valorizar as pessoas e a região”, e o início, no mesmo mês, das conferências em parceria com a Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM-RC) sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, são exemplo desta dinâmica.

Em jeito de conclusão, o presidente afirma estar certo de que “continuaremos a construir interna e externamente uma instituição de referência”, procurada pelos novos estudantes, pelas empresas e os diversos parceiros e recomendada pelos ex-estudantes.

A aposta na criação de campos sustentáveis mantém-se uma prioridade para o IPC

A aposta na criação de campos sustentáveis mantém-se uma prioridade para o IPC