Workshop de refeição vegana marca arranque de iniciativa Prato Sustentável nas cantinas

No dia 11 de setembro, os estudantes do Politécnico de Coimbra tiveram a oportunidade de começar o ano letivo a viajar por sabores e a diversificar as suas opções alimentares no workshop de Show Cooking “Prato Vegano: uma opção Saudável e Saborosa”. PNa Cantina/Cafetaria da Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTeSC) do IPC, o chef Luís Lavrador, Docente da Licenciatura em Gastronomia da Escola Superior de Educação (ESEC-IPC), curso em parceria com outras escolas do Politécnico (a ESAC e a ESTeSC) e com o Turismo de Portugal, confecionou um prato vegano à base de feijão branco estufado com couve coração e lentilhas guisadas.

O evento, dinamizado pelo Serviço de Saúde Ocupacional e Ambiental e pela Unidade de Alimentação e Nutrição dos Serviços de Ação Social (SAS) do IPC contou com a presença do Presidente do IPC, Jorge Conde, e de João Lobato, Administrador dos SAS do IPC.

“Este workshop é mais um contributo para a promoção e sensibilização dos estudantes do Ensino Superior para uma alimentação mais saudável e sustentável”, declara João Lobato sobre o evento gratuito e aberto a todos os estudantes.

Este workshop foi desenvolvido no âmbito do lançamento do novo programa “Prato Sustentável”, desenvolvido pelo SASIPC, que consiste em servir aos alunos todas as segundas-feiras, ao almoço e ao jantar, refeições de base vegetal saborosas, apelativas e equilibradas. Assim, substitui-se a refeição de carne por um prato vegano, a que se juntam os já habituais 1 prato de peixe e 1 prato vegano, com vista a tornar as refeições escolares mais amigas do ambiente e a incentivar hábitos alimentares sustentáveis. Estimula-se assim o aumento do consumo de legumes e leguminosas, desde as idades mais jovens, promovendo a sua saúde. Além disso, as leguminosas (fontes de proteína vegetal – por exemplo, grão-de-bico, feijão, fava e lentilhas), têm uma pegada ecológica reduzida, dado que a sua produção requer menos recursos – como água fresca e terra arável – e emitem menos gases com efeito de estufa, tornando as refeições escolares mais amigas do ambiente.

“Quando falamos de consumo sustentável é comum pensar-se no consumo de energia e de água, na prevenção e separação de resíduos para reciclagem, no uso da bicicleta e de transportes públicos, mas, na verdade, é a alimentação que apresenta a maior fatia da pegada ecológica dos Portugueses (30%)”, alerta Ana Ferreira, Vice-Presidente do IPC e responsável pela área da Saúde Ocupacional e Ambiental. “Sabendo que, ao apostarmos na redução do consumo de proteína animal, podemos diminuir a nossa pegada alimentar para cerca de metade e que estamos, ainda, a promover saúde com menor risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, atribuímos à iniciativa uma importância fulcral”, acrescenta.

Este projeto surge no âmbito da preocupação sentida pelo Politécnico de Coimbra em relação ao facto de o consumo de carne e peixe, per capita, em Portugal, ser dos mais elevados do mundo. Este consumo é o fator que mais peso tem na pegada ecológica, tendo em conta que representa mais de 50 por cento da pegada ecológica da alimentação, além de que o consumo de carne, de pescado e de ovos é três vezes superior de acordo com a Roda dos Alimentos. Face a estes dados, entidades como a ONU têm vindo a recomendar a redução do consumo de proteína animal como uma das formas mais eficazes de combate às alterações climáticas. A alimentação de base vegetal, e a predominantemente vegetariana, traz maior diversidade alimentar e benefícios cientificamente comprovados para a saúde, sobretudo ao nível da prevenção de diabetes, hipertensão, obesidade, doença coronária e doença oncológica.

 

 

12.09.2023